Independência Funcional entre Tatos e Mandos

uma polêmica esclarecida


O legado deixado por Skinner, no início dos anos 30, possibilitou à psicologia o status de ciência e, dessa forma, disponibilizou tecnologia para lidar com demandas humanas de maneira concreta e eficiente. Mas, desde então, na história da pesquisa analítico-comportamental, poucos assuntos geraram tanta polêmica quanto o livro de Skinner, Verbal Behavior (O Comportamento Verbal, na versão brasileira), lançado em 1957. Diversas áreas do conhecimento passaram a discutir o assunto de maneira mais enfática e uma das abordagens da psicologia, a Psicologia Cognitiva, se contrapôs claramente ao que aquele livro historicamente apresentava.



Entre linguistas e psicólogos cognitivistas as afirmações de Skinner (1957) de que a linguagem pode ser entendida como comportamento verbal, estando sob controle de variáveis ambientais e sobre a independência funcional entre operantes verbais é, há muito, uma conclusão ilógica, incoerente e disparatada. Segundo tais profissionais, a linguagem é um repertório inato ao ser humano, que possui surgimento espontâneo devido a um órgão correlato mental que controla a emissão dos comportamentos verbais. Atualmente, quando o assunto é comportamento verbal, o vocabulário leigo permanece nos campos que trabalham com este tipo de habilidade, utilizando-se de termos um tanto confusos para lidar com tal tema. Então, para esclarecer o conceito de linguagem tradicional, vale ressaltar primeiramente de que forma a dicotomia entre linguagem e comportamento se estabeleceu dentro da psicologia, ressaltando principalmente campo o da Psicologia Cognitiva (Skinner, 1957, 1987).

A linguagem segundo o cognitivismo

Os cognitivistas procuram se concentrar nos processos do conhecimento, diferenciando-os de qualquer outro tipo de comportamento. Sendo assim, eles utilizam o paradigma S – O – R (estímulo – organismo – resposta), o qual coloca o organismo como mediador entre o estímulo e a resposta, negando, portanto, a interação direta entre organismo e ambiente. Além disso, eles acreditam que as respostas podem ser utilizadas como fonte de inferência dos processos mentais que as acompanham, já que a mente estrutura e organiza a experiência humana. Portanto, o objeto de estudo da psicologia cognitiva é o processamento de organização mental (Schultz e Schultz, 1992).



Rangé (2001) esclarece que algumas das principais premissas da psicologia cognitiva são: a) o comportamento é determinado pela maneira que o sujeito enxerga o mundo e a si mesmo; b) crenças irracionais dão origem a emoções e comportamentos perturbados; c) a auto-eficácia (ou a confiança sobre a própria capacidade) pode influenciar alguns aspectos do funcionamento humano, e d) o processamento da informação implica na existência de um processamento cognitivo (mente) que faz mediação entre estímulo e resposta. Além disso, o autor enfatiza que determinadas emoções possuem um fundo genético que se relaciona com as experiências ambientais, e a interação dessas duas variáveis implicaria na construção de um pensamento, o qual, por conseguinte, influenciaria a motivação e o comportamento do indivíduo.

Skinner (1987) ao contrapor a abordagem, primeiro esclarece seus pressupostos afirmando que as ciências cognitivas tomam como explicação o modelo mecanicista, o qual propõe que o comportamento é iniciado dentro do organismo, e, no caso da abordagem em questão, o iniciador seria o pensamento. O indivíduo pensa e então age. Sendo assim, os cognitivistas alegam que o comportamento humano é dirigido para objetivos e satisfação de desejos intrínsecos e, tal como os psicanalistas, observam relações causais entre histórias pessoais e aparelhos mentais. Os métodos cognitivistas de investigação dos conteúdos mentais se baseiam na introspecção, neurociências, simulação e linguística. 



A linguística, segundo Skinner (1987), foi considerada pela abordagem cognitiva como sendo a iluminadora da caixa preta, afinal, segundo ela, os ouvintes possuem um sistema de compreensão da linguagem natural, com o qual representações internas da informação veiculada pela linguagem são produzidas. Essas representações são construídas na mente a partir da interação social do indivíduo, e a linguagem seria, portanto, apenas uma resposta que reflete os conteúdos mentais. O linguista Saussure (2006) explica que para entender a linguagem faz-se necessária a compreensão do que os linguistas chamam de circuito da fala. Esse circuito possui seu ponto de partida no cérebro da pessoa que inicia uma conversa, onde os fatos da consciência, denominados conceitos, são associados às representações dos signos linguísticos ou imagens acústicas. Segundo o autor, o circuito da fala é tanto um processo psíquico como fisiológico, pois o cérebro, de maneira autônoma, transmite aos órgãos da fonação um impulso correlativo da imagem armazenada nele, e que, por sua vez, produz a fala.



O principal opositor aos conceitos da Análise do Comportamento foi o linguista Noam Chomsky (1959) quem afirmava que uma pessoa não pode aprender uma língua simplesmente a base de reforço, afinal, ele já possui um potencial inato para construir as regras gramaticais que foram herdadas e não aprendidas. A teoria de Chomsky foi chamada por ele de Gramática Gerativa ou Gramática Transformacional, a qual, segundo o autor, seria capaz de dar conta da criatividade linguística do falante. Isto é, o falante é capaz de construir enunciados novos, nunca antes reforçados em sua história de vida, por possuir um mecanismo finito (Gramática Gerativa), interno ao corpo, capaz de gerar um conjunto infinito de frases gramaticais corretas de uma língua (Azevedo, 2006).



Pinker (2002, citado em Azevedo, 2006) ao falar sobre a teoria de Chomsky defende seus pressupostos afirmando que:

[...] Cada frase que uma pessoa enuncia ou compreende é virtualmente uma nova combinação, que aparece pela primeira vez na história do universo. Por isso, uma língua não pode ser um repertório de respostas; o cérebro deve conter uma receita ou um programa que consegue construir um conjunto ilimitado de frases a partir de uma lista finita de palavras. Esse programa pode ser definido como gramática mental. (p. 55)

Azevedo (2006) elucida que Chomsky acreditava na existência de um “órgão da linguagem” que fosse inato aos seres humanos e característicos da espécie, dando ênfase, portanto, em um caráter instintivo da linguagem. A Gramática Gerativa da teoria chomskyana, a qual define a competência linguística do indivíduo, é estruturada por regras que determinam as sequências das palavras ou de sons produzidos pelas pessoas. Nela, existem três componentes básicos de regras: a sintaxe que é um sistema de regras que constroem as frases possíveis em uma determinada língua, a semântica que são as regras definidoras da interpretação das frases construídas pelo sistema sintático e o fonológico ou fonético que compõe o sistema de regras capazes de realizar em uma sequência de sons as frases definidas também pelo sistema sintático.


Pinker (2002, citado em Azevedo, 2006) ressalta que as crianças desenvolvem essa gramática complexa muito rapidamente, sem qualquer reforçamento direto prévio. Além disso, são capazes de darem interpretações coerentes a novas estruturas frasais, as quais não tiveram contato uma só vez em suas vidas. Finalmente, o autor ressalta que:

A linguagem é uma habilidade complexa e especializada, que se desenvolve espontaneamente na criança, sem qualquer esforço consciente ou instrução formal, que se manifesta sem que se perceba uma lógica subjacente, que é qualitativamente a mesma em todo indivíduo, e que difere de capacidades mais gerais de processamento de informações ou de comportamento inteligente. (p. 57)

Em sua produção acadêmica, Chomsky formulou uma crítica direta ao livro Verbal Behavior de Skinner, no qual usou argumentos ácidos, os quais afirmavam que o processo de reforçamento seria incapaz de explicar a rapidez com que uma criança aprende uma língua, sem levar em consideração aspectos internos do organismo. Dessa forma, Chomsky afirma ter refutado a teoria behaviorista totalmente. E, com isso, conseguiu comprar uma briga das boas com os behavioristas, os quais só gostam de “entrar no ringue” munidos de muitos dados científicos.



Costa e Duque (2009) afirmam que algumas correntes filosóficas, tais como o pensamento aristotélico e a Gramática Gerativa de Chomsky, as quais colocavam linguagem como um instrumento das representações de propriedade mentais, foram as grandes influenciadoras da abordagem cognitiva. Dessa forma, estudar a linguagem seria o mesmo que estudar os conteúdos da cognição humana, enraizadas na biologia da espécie. A linguagem, segundo os autores, é um sistema adaptável a demandas sócio-culturais por meio dos processos cognitivos. Ou seja, esses processos permitem ao indivíduo organizar cognitivo e discursivamente as experiências vivenciadas em sua história particular. Os autores ressaltam, então, que “a linguagem seria uma ferramenta por meio da qual o homem arquiteta e percebe seu entorno biopsicossocial” (pp. 2). 

Desde o artigo publicado por Chomsky, em 1959, as pesquisas analítico-comportamentais em comportamento verbal vêm crescendo acentuadamente. Justi e Araújo (2004) afirmam que as críticas feitas por Chomsky em sua resenha opositora à teoria de Skinner apenas mostram uma compreensão limitada da teoria behaviorista e, portanto, permanecem inócuas para esta abordagem. Contudo, o tema trazido por Skinner em seu livro Verbal Behavior se faz cada vez mais presente no vasto campo da pesquisa científica comportamental, esclarecendo antigos mitos referentes à linguagem e possibilitando a criação de novas tecnologias de aplicação para a resolução de problemas no que diz respeito à comunicação.

Processos cognitivos segundo a Análise do Comportamento


Como vimos anteriormente, a Psicologia Cognitiva enfatiza eventos encobertos (processos cognitivos) para explicar a linguagem no repertório do ser humano. Para fins de esclarecimentos, vale ressaltar como a Análise do Comportamento compreende tais eventos e, em seguida, será possível apresentar o modelo skinneriano do comportamento verbal.

É comum se escutar no meio acadêmico, que a Análise do Comportamento negligencia eventos privados (que acontecem dentro do organismo) e os considera como eventos desnecessários para o estudo do comportamento. Porém, já aprendemos, em artigos deste blog (como este, por exemplo), que esta é uma afirmação equivocada e totalmente falaciosa, já que muitos confundem o Behaviorismo Radical com o Behaviorismo Metodológico, o qual, por sua vez, considerava eventos encobertos impassíveis de estudo científico por serem inacessíveis a uma observação consensual. Já, segundo Skinner (1953/1989):

“Quando dizemos que o comportamento é função do ambiente, o termo ‘ambiente’ presumivelmente significa qualquer evento no universo capaz de afetar o organismo. Mas parte do universo está encerrado dentro da própria pele de cada um” (p. 263-264).

“O evento privado é, quando muito, não mais que um elo em uma cadeia causal, e no geral, nem isso é. Podemos pensar antes de agir no sentido que podemos agir encobertamente antes de agir abertamente, mas a ação não é uma ‘expressão’ da resposta encoberta ou sua consequência. As duas são atribuíveis às mesmas variáveis” (p. 248).

Kovac (2001) explica que, assim como as ações públicas, os eventos encobertos também são comportamentos que precisam se relacionar com eventos externos para existirem, ou seja, eles não podem ser variáveis causais de outros comportamentos, pois já são causados por algo. Um pensamento ou um sentimento, por exemplo, precisam de um contexto para acontecerem, eles não têm surgimento espontâneo. Porém, tais respostas também podem fazer parte da contingência, já que algumas vezes funcionam como estímulo discriminativo para respostas abertas. Ou seja, alguns eventos encobertos, de acordo com a ciência analítico-comportamental, são chamados de eventos r/s, quando se referem a respostas privadas com propriedade de estímulo. Tais respostas encobertas quando são emitidas funcionam como estímulos para outras respostas acontecerem. Assim, compreende-se que pensamentos e sentimentos, podem fazer parte da contingência em que o comportamento está envolvido, mas não são considerados estímulos iniciadores do comportamento. 



Portanto, o comportamento verbal (linguagem), assim como qualquer outro tipo de comportamento possui causas ambientais (relações funcionais) que não estão, necessariamente, dentro do organismo. O cérebro, assim como o organismo completo, precisa interagir com o ambiente para que se comporte. E é na interação com o ambiente (interno ou externo) que o behaviorismo foca sua explicação para o surgimento da linguagem. Dessa forma, “os eventos privados não explicam o comportamento, não são variáveis independentes; trata-se de variáveis dependentes; isto é, fenômenos comportamentais que também precisam ser explicados” (Santos e Tourinho, 2001, p. 36).

O comportamento verbal segundo Skinner


O trabalho de Skinner (1957) chegou ao meio acadêmico para quebrar uma barreira paradigmática, postulando princípios operantes para comportamento verbal humano. O autor propõe uma explicação muito mais simples e inovadora, que torna desnecessária a busca por explicações internalistas ou mediacionais e, além disso, ressalta o princípio proposto por Darwin sobre continuidade entre as espécies. 



Há cerca de 100 mil anos atrás, a espécie humana passava por uma transição filogenética importante, a musculatura vocal se desenvolvia e se tornava mais forte, permitindo, com isso, o controle operante deste aparato fisiológico. Assim, o comportamento verbal deixou de ser caracterizado como um padrão fixo de ação, permitindo o desenvolvimento dos primórdios do que se entende hoje como linguagem. A linguagem simbólica é considerada por antropólogos e psicólogos evolucionistas como o grande diferencial do homem em relação a outros animais, o que o deixou anos-luz à frente das outras espécies quando se trata de complexidade de culturas. Em 1861, Charles Darwin escreveu “Não posso duvidar que a linguagem deva sua origem à imitação e modificação, com apoio de sinais e gestos, de vários sons naturais, e gritos instintivos do próprio homem (Darwin, 1871, p. 56).


Segundo Skinner (1957), o comportamento verbal pode ser definido como todo aquele que necessita de reforço mediado por outras pessoas, isto é, tem natureza social. Por conseguinte, esse tipo de comportamento possui efeito indireto no ambiente, por alterar o comportamento de outros membros do grupo. Dessa forma, um sujeito (falante) que ao emitir determinado som, como, por exemplo, “com licença”, pode afetar o comportamento de outra pessoa (ouvinte), a qual pode perceber tal estímulo sonoro como uma ocasião para sair do caminho da pessoa que lhe solicitou tal comportamento. Essa relação entre falante e ouvinte foi chamada por Skinner de episódio verbal total



Assim, qualquer movimento capaz de afetar outro organismo pode ser considerado verbal, tais como vocalizações, gestos, expressões faciais e a escrita. A consequência mais básica do comportamento verbal é que através dele, os falantes mudam o comportamento dos ouvintes. Dessa forma, o comportamento verbal tende a acontecer em ambientes em que provavelmente será reforçado, tal como qualquer outro tipo de comportamento (Baum, 1994). 

Skinner (1957) explica que para que o comportamento verbal seja reforçado é necessária a presença de falantes e ouvintes com treinamentos semelhantes, pois, dessa forma, um reforço específico poderá ser disponibilizado. Se uma pessoa emite o som “Boa tarde” em Tokyo, no Japão, por exemplo, ela terá como consequência expressões faciais de estranhamento e em pouco tempo essa verbalização entrará em extinção. No entanto, ao conviver um pouco mais naquela comunidade, a palavra “konnichiwa” será diferencialmente reforçada e substituída pelo som “boa tarde” em contextos em que tal expressão sinalizam reforço. As pessoas que escutam e reforçam o comportamento do falante foram chamadas por Skinner de audiência e fazem parte do que o autor chama de comunidade verbal. Sendo assim, tal tipo de comportamento possui natureza social, ou seja, necessita de outras pessoas para ser adquirido e mantido.



Devido a sua extrema complexidade, o autor categorizou tal comportamento em oito diferentes operantes verbais: mando, tato, ecóico, textual, tomar ditado, intraverbal e autoclítico. Assim, ele pretendeu facilitar a compreensão das circunstâncias em que tais comportamentos ocorrem, explicando minuciosamente o desenvolvimento de tal reportório. Skinner (1957) esclarece que os critérios utilizados para essa classificação foram: a forma topográfica da resposta verbal, o tipo de variável controladora e o tipo de controle. Ou seja, os operantes verbais ressaltam as relações funcionais existentes entre ambiente e comportamento e não a sua topografia (forma). Para uma explicação completa sobre operantes verbais, este blog já apresentou um artigo sobre o assunto neste link. A seguir serão descritos mais detalhadamente os operantes verbais mando e tato, visto que se relacionam diretamente ao objetivo desse artigo.

O Mando


O mando é um comportamento verbal que tem reforço específico, e está sob controle de uma operação estabelecedora (privação ou estimulação aversiva). Quando alguém emite o comportamento verbal, como por exemplo, “Garçom, por favor, um bife com fritas”, essa frase indica uma situação de privação de alimento do falante e especifica o reforçador para aquele comportamento. Assim, somado a um contexto de restaurante, esta fala terá maior probabilidade de ser reforçada.

Geralmente, o mando é exemplificado por ações do senso comum tais como, ordens e pedidos, e funciona principalmente em benefício do falante (Skinner, 1957). Nesses casos, tanto o reforço como a ação do ouvinte são especificados. Por exemplo, a frase “Passe o sal!”, deixa clara a ação e a consequência reforçadora requerida pelo falante. A palavra “passe” indica a ação e a palavra “sal” indica o reforçador específico. A intensidade e a frequência da emissão de um mando varia de acordo com o tempo de privação do falante ou a história de reforçamento diante dos comportamentos de determinado ouvinte (Baum, 1994, Skinner, 1957).



O estímulo antecedente (SD) ao comportamento verbal, no caso do mando, exerce um papel secundário, importante, mas não necessário. Ou seja, a presença de uma pessoa conhecida pode funcionar como um estímulo discriminativo que fornece ocasião para a solicitação de uma bebida, por exemplo, mas a privação de líquido exerce um papel mais fundamental para que esse comportamento seja evocado. Certamente, não é apenas a presença da pessoa que determina o controle do comportamento verbal, afinal, sem a privação antecedente de líquido do falante, a segunda pessoa nem mesmo seria considerada um SD para o primeiro. Ou seja, o controle pela operação estabelecedora é que de fato determina a classificação de um operante verbal como mando (Skinner, 1957). 

De acordo com a história prévia do sujeito em emitir comportamentos de mando, situações antecedentes semelhantes podem exercer o mesmo tipo de controle no comportamento verbal. Mesmo este último não tendo passado por nenhum reforçamento prévio com dada situação específica, o mando, mesmo assim, pode vir a ocorrer. Segundo Skinner (1957, p. 69) “o falante parece criar novos mandos por analogia com os antigos”. Nesse contexto, o mando possui outras classificações, tais como o mando prolongado, onde uma resposta de mando ocorre diante de uma audiência improvável de disponibilizar reforçadores. Por exemplo, uma criança quando fala com sua boneca, com os personagens de um desenho animado na televisão ou com o ônibus que passou, está emitindo um mando prolongado. Nesse caso, nenhum reforçador específico pode ser disponibilizado, mas tal comportamento é controlado pela situação atual que se assemelha com situações anteriores em que reforços foram disponibilizados. Há também o mando mágico, que se caracteriza pela generalização do comportamento de mandar em situações onde o controle verbal é impossível, e o mando supersticioso, em que a manutenção do comportamento de mandar é definida por reforçamento acidental, entre outros. 


Contudo, o mando assume determinada forma devido a contingências de reforço mantidas pelos comportamentos dos ouvintes ou pela comunidade verbal em que o falante está inserido. Tais topografias estão sempre de acordo com a história de reforçamento específica do indivíduo e pode ser modificado de acordo com os diferentes ambientes em que o falante se insere ao longo de sua vida.

O Tato


O tato foi definido por Skinner (1957) como uma resposta verbal controlada por estimulação não verbal. O autor classificou dois tipos de estímulos não verbais que controlam o tato. O primeiro refere-se às pessoas, que caracterizam a audiência e o segundo são os objetos inanimados e acontecimentos, que caracterizam o meio físico. A palavra “tato” foi sugerida por Skinner por derivar da palavra “contato” com o mundo material, assim, topograficamente, tal operante verbal assemelha-se a descrições e afirmações.

No tato, a relação com a operação estabelecedora antecedente é enfraquecida, enfatizando assim, uma forte relação com o estímulo discriminativo que evoca tal comportamento. O reforço para a aquisição do tato é generalizado ou social (p. ex. atenção) e é geralmente disponibilizado pela comunidade verbal, a qual reforça diferencialmente o comportamento verbal de um indivíduo desde o nascimento até o fim da vida. Por exemplo, uma criança ao falar “verde” na presença de um objeto verde é reforçada com a atenção dos pais que dizem “muito bem!” e assim por diante (Skinner, 1957).

Diferente do mando, que permite ao ouvinte inferir algo sobre a condição do falante, independentemente das circunstâncias físicas do ambiente, o tato permite ao ouvinte inferir algo a respeito das circunstâncias externas, independentemente da condição interna e particular do falante (Skinner, 1957).

Além disso, o controle de estímulos do tato não se dá apenas por estímulos não verbais em si, mas também por partes deste estímulo. Se uma resposta foi reforçada em alguma ocasião específica, algum traço ou característica dessa ocasião também pode exercer algum tipo de controle, o que, por sua vez, irá caracterizar outros tipos de tatos, os quais Skinner (1957) chamou de tatos ampliados. Um dos tipos de tatos ampliados é o tato metafórico, que é a generalização dos efeitos do tato para um estímulo que possua pelo menos uma característica semelhante àquele aprendido. Por exemplo, o autor Carlos Drummond de Andrade (Cereja e Magalhães, 2002) utiliza-se do tato metafórico quando diz “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”, nesse caso, o estímulo não verbal “tempo” compartilha características com uma “cadeira ao sol”. Há também outra ampliação do tato chamada de tato genérico, caracterizada pela generalização dos efeitos do tato para estímulos que possuem várias características semelhantes àquele que foi aprendido. Por exemplo, quando uma criança aprende a falar “carro” na presença de um Fusca e depois emite o mesmo comportamento na presença de uma Brasília. Outro tipo de tato ampliado é o tato metonímico que é a generalização dos efeitos do tato para estímulos que não possuem características semelhantes àquele que foi aprendido, mas que somente o acompanharam no passado. Por exemplo, a manchete de um jornal que diz “o verde do planeta está se esgotando”, nesse caso, o que está se esgotando são as florestas do planeta, mas pelo fato de o estímulo “verde” ter acompanhado por muitas vezes no passado o estímulo “florestas”, esse tipo de generalização pode acontecer (Skinner, 1957).

Skinner (1957) mostra que para explicar o comportamento verbal é preciso ressaltar sua causação múltipla, isto é, segundo o autor “a força de uma única resposta pode ser, e usualmente é, função de mais de uma variável...” e “uma única variável costuma afetar mais de uma resposta” (p. 273). Passos (2003) exemplifica a causação múltipla com uma situação de laboratório na qual um estudante ao emitir um comportamento verbal “treze”, contabilizando o número de pressões à barra de seu sujeito experimental, está sob controle de determinado estímulo não-verbal (o comportamento do rato), mas também está sob controle de seu próprio comportamento verbal anterior “doze”. Portanto, nesse caso, o comportamento verbal do estudante pode ser classificado como tato e intraverbal ao mesmo tempo. Baum (1994) acrescenta que, em cada contexto uma verbalização qualquer pode assumir diferentes efeitos sobre o ouvinte e que, em cada um deles, tal verbalização pertenceria a uma atividade verbal diferente. Assim, no estudo do comportamento verbal, uma correspondência exata entre estímulo discriminativo e atividade verbal é inexistente. Tal como em outras atividades operantes, o comportamento verbal não pode ser definido apenas por suas consequências, o contexto também deve ser levado em consideração. 

Independência Funcional entre Operantes Verbais 


Para Skinner (1957) quando uma pessoa adquire a resposta “boneca”, por exemplo, como um mando, não é esperado que também emerja em seu repertório comportamental um tato correspondente de maneira semelhante. A existência de dois operantes verbais diferentes no repertório de uma pessoa deve ser explicada separadamente. As respostas verbais “boneca” em forma de mando ou de tato possuem relações funcionais distintas, e para serem explicadas é indispensável a análise minuciosa de todas as variáveis relevantes. 

Mesmo não sendo possível que dois operantes verbais distintos apareçam de maneira automática, Skinner (1957) explica que estes podem ser auxiliados por um comportamento chamado de transposição ou translação o qual, por sua vez, também é aprendido. Por exemplo, uma criança que é incapaz de identificar o nome de um objeto, pode perguntar ao pai “o que é isso?” e logo em seguida ser reforçado com o nome do objeto, “um João-bobo”. A resposta verbal do pai possivelmente fornece ocasião para uma resposta ecóica (repetição sonora) da criança “João-bobo”. Assim, logo em seguida, auxiliada pelo comportamento de translação, a emissão de um novo mando foi permitida, como por exemplo: “me compra um joão-bobo?”. Por conseguinte, caso o pai lhe compre o tal brinquedo, esse novo mando foi então reforçado. Com essa explicação Skinner esclarece que a “emergência” de um novo mando foi construída paulatinamente, ou seja, a criança aprendeu um comportamento de cada vez. Primeiro, ela aprendeu a “tatear” o objeto, depois aprendeu a emitir um “ecóico”, e finalmente aprendeu a “mandar” pelo objeto. Essa sequência de aprendizagem de diferentes operantes verbais pode ocorrer de forma contígua no tempo. E, sendo as topografias das respostas análogas umas das outras e o reforçamento sendo contíguo entre as emissões das respostas, a observação diferenciada das funções dos comportamentos emitidos pode se tornar uma tarefa árdua. 

Além disso, Skinner (1957) também afirma que é possível que uma conexão possa surgir do fato de que certos acontecimentos, que geralmente reforçam um mando, assemelham-se com frequência aos estímulos discriminativos que controlam um tato. É possível ainda que a presença de um objeto reforçador possa ser também uma condição adequada para o reforço, tornando, assim, a emissão de um mando mais provável. Contudo, variáveis comuns de controle que agem antes ou depois do comportamento não significam a passagem espontânea de uma forma de resposta para outra. As duas formas de comportamento devem ser sempre condicionadas isoladamente.

Lamarre e Holland (1985) averiguaram empiricamente a formulação de Skinner sobre a independência funcional entre operantes verbais, mais especificamente entre tatos e mandos com a mesma topografia de resposta. Nove crianças, de três a cinco anos de idade, participaram do estudo e foram divididas em dois grupos. O primeiro grupo recebeu um treino de mando, durante o qual questões de teste foram utilizadas para avaliar se houve emergência de tatos com a mesma forma de resposta. Após o término do treino de mando, esses participantes receberam um treino de tato, o qual também continha questões-teste para checar a manutenção dos mandos previamente treinados. Em seguida, essas mesmas crianças participaram de um treino de mando invertido. O segundo grupo recebeu os mesmos tipos de treino, mas na ordem contrária, ou seja, treino de tato com teste de mando, treino de mando com teste de tato e treino de tato invertido. Os resultados do experimento evidenciaram que durante a fase de aquisição de ambos os repertórios verbais a independência funcional esteve presente. Mas, somente três participantes mostraram repertórios colaterais invertidos durante a fase de treino. Os autores elucidam que, segundo Skinner (1957), é possível que em ambientes naturais, após a aquisição de um tato, o mando correspondente possa aparecer de forma colateral. Assim, eles apontam para o fato de que o ambiente utilizado na coleta de dados da pesquisa, durante o ensino do mando, foi semelhante à situação na qual o tato foi ensinado, o que facilita certa interação.


Mousinho (2004) replicou o trabalho de Lamarre e Holland (1985) e testou a independência funcional entre tatos e mandos com a mesma forma de resposta em cinco crianças de idade entre 2 e 4 anos. A idade dos participantes foi escolhida cuidadosamente, já que nessa fase o repertório verbal ainda é precário. Assim, sendo os participantes falantes inexperientes, o surgimento de um operante verbal não treinado diretamente (repertório colateral) é dificultado. O experimento foi realizado em três fases, compostas por um procedimento de treino seguido de testes sem reforçamento. A primeira fase consistiu no treino de tato padrão e teste de mando. A segunda fase foi composta de treino de mando e teste de tato. A fase três consistiu no treino do tato invertido, na qual as posições treinadas como tato na primeira fase se invertiam. Em seguida foi realizado um teste a fim de averiguar se o mando colateral também se invertia. Os resultados do experimento de Mousinho (2004) mostraram que na primeira fase o surgimento colateral de mando não ocorreu para nenhum dos participantes. Na segunda fase, duas crianças apresentaram respostas de tato, treinadas previamente, durante o teste de tato. No entanto, as outras três crianças tiveram perda desse repertório. Na terceira fase a inversão colateral de mando após o treino de tato invertido não foi observada. De acordo com os dados da autora, é possível concluir que mesmo compartilhando formas iguais, a aquisição de um repertório de tato não implica na aprendizagem espontânea de um repertório de mando, tal como afirmava Skinner (1957). 


Lage, Mousinho, Córdova e Ribeiro (2004) esclarecem que, além do fato de que operantes verbais deverem sempre ser adquiridos separadamente, há também a existência de independência funcional entre os repertórios de ouvinte e falante. Visto que o comportamento verbal deve ser analisado como um episódio verbal total, este envolve a participação tanto de um ouvinte, quanto de um falante. Porém, a construção desses repertórios em si também ocorre de maneiras isoladas. Os autores explicam que o repertório do ouvinte difere claramente dos comportamentos emitidos pelo falante. Ou seja, o falante é aquele quem emite um estímulo verbal (vocal, escrito ou gestual) e se comporta diante de antecedentes variados, os quais, na maioria das vezes, são multideterminados. As variáveis consequentes também podem ser específicas ou genéricas, dependendo do operante verbal emitido. Já o repertório do ouvinte costuma diferir em muitos aspectos em relação ao do falante, pois aquele envolve comportamentos verbais e não verbais. As variáveis antecedentes que controlam o comportamento do ouvinte são os estímulos verbais presentes no ambiente. Esses estímulos não diferem de outros tipos de estímulos do meio. Portanto, o comportamento do ouvinte não precisa ser classificado diferentemente de qualquer outro comportamento operante não-verbal.


Porém, tal como acontece no processo de aquisição de diferentes operantes verbais, algumas situações podem facilitar a translação entre os repertórios de ouvinte e falante. Sendo assim, tais situações podem dar a ilusão de uma aprendizagem automática de um repertório enquanto se aprende o outro. É possível também que estímulos em comum, presentes simultaneamente no ambiente, auxiliem no processo de transferência entre os repertórios. Lage e cols. (2004) elucidam que a partir de uma certa idade, quando o repertório verbal já está bem estabelecido, o ser humano é capaz de transportar palavras novas para os outros repertórios, o que facilita a errônea interpretação de que todos os operantes são dependentes e interconectados. 

Além da incapacidade de aquisição espontânea entre repertórios verbais, Skinner (1957) também enfatizou que a capacidade de translação de respostas verbais entre repertórios de um indivíduo não implica necessariamente no fato de que sendo um ouvinte, ele seja capaz de ser um falante efetivo e vice-versa. Essa independência funcional é claramente percebida em pessoas que estão se empenhando no aprendizado de uma segunda língua. Algumas pessoas, frequentemente, são capazes de emitir comportamentos adequados de ouvinte, porém não agem adequadamente como falantes. Há também aqueles que são capazes de ler e traduzir perfeitamente outra língua, mas não compreendem escutando e nem conseguem reproduzir a língua estrangeira. Assim, cada operante verbal deve ser treinado separadamente na segunda língua para que a pessoa possa se tornar um membro eficaz da nova comunidade verbal. No entanto, mesmo após um longo treino da língua estrangeira, alguns erros estruturais ainda são prováveis (p. ex. eu tenho 24 anos, I have 24 years, quando, em inglês, o certo seria I am 24 years old), pois as variáveis ambientais controlam tanto o repertório da língua mãe como o do segundo idioma (Lage e cols., 2004).


Existem casos clínicos nos quais pessoas que sofrem alguma lesão cerebral têm seus repertórios verbais prejudicados por inteiro, podendo esquecer até mesmo a língua mãe. O avanço da idade também é outro fator comum na causalidade de afasias (i.e. perda da do repertório da fala, escrita, ou dos gestos causada por lesões no cérebro) do comportamento verbal. As afasias mostram uma interferência nos controles de estímulo, o que resulta numa baixa probabilidade de emissão de resposta. Assim, há pessoas que depois de passarem por determinado tipo de trauma (p. ex. acidentes automobilísticos), conseguem responder apenas parcialmente em seus repertórios verbais, agindo apenas como ouvintes e não como falantes, ou vice-versa. 

Finalmente, o trabalho de Skinner em sua publicação de 1957 trouxe às ciências do comportamento uma evidente contribuição. As pesquisas sobre independência funcional entre operantes verbais continuam acontecendo em grande escala e trazem dados que corroboram com a ideia inicial do autor de que a habilidade verbal humana possui relações funcionais com o ambiente e podem ser modeladas de acordo com o contexto em que o indivíduo se insere (Lage e cols., 2004). Desse modo, também é possível evidenciar a importância do estudo no campo da Psicologia Cognitiva, que produzem sempre questionamentos relevantes à ciência e fortalecem uma visão científica do comportamento dentro dessa importante profissão que é a Psicologia.


Por: Maíra Matos Costa


Confira no próximo artigo do blog: Estudo de caso clínico sobre a independência funcional entre tatos e mandos.


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Sugestões de Leitura

Oliveira-Castro, J. M. (1993). "Fazer na cabeça": análise conceitual, demonstrações empíricas e considerações teóricas. Psicol. USP, vol.4, n.1-2, pp. 171-202.

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Referência Bibliográficas

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